sábado, 29 de maio de 2010

A carne suína é realmente vilã?


Este é o artigo foi escrito pelo Gabriel Osório, aluno do 5º período de Nutrição do UniFOA
Se dividirmos a produção mundial de carne suína (88.425.764 toneladas), pela população do planeta, estimada em 6 bilhões de pessoas no início deste ano, poderemos concluir que o consumo foi de aproximadamente 14,73 kg , por habitante. Este número é realmente expressivo e faz a carne suína ocupar, com destaque, o primeiro lugar na preferência da população, dando-lhe o título de "a carne mais consumida no mundo".
Ela, na verdade, já ocupa esta posição de liderança, desde 1976, ano em que ultrapassou a carne bovina. Em 1999, como vemos no Quadro 1, o consumo de carne de frango ocupou o segundo lugar com 10,61 Kg e a bovina ficou em terceiro, com 9,7 por habitante.
A carne de frango atingiu o segundo lugar na preferência mundial, ultrapassando a carne bovina, somente em 1996. Seu consumo continua crescendo em ritmo superior ao da carne suína , mas não se espera uma ultrapassagem ainda nesta década, em virtude do aquecimento da economia chinesa, país que tradicionalmente tem preferência pelo consumo pratos à base de suínos.

1) HISTÓRIA

O mito de que a carne suína faz mal à saúde perdura há séculos. Nos banquetes da Idade Média, por exemplo, prevaleciam as carnes de aves e de boi na mesa das classes abastadas, enquanto a carne de suíno, animal que era criado em péssimas condições higiênicas, era consumida apenas pela população pobre. Certas doenças trazidas por alguns alimentos fizeram até com que algumas religiões banissem o suíno dos cardápios, como a judaica e a muçulmana.
O suíno industrializado do ano 2000 não consome mais resíduos alimentares como há 30 anos.
Um estudo da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), já revelava que a taxa comparativa de colesterol entre o frango, o suíno e o boi não é tão discrepante assim. Amparados nessa pesquisa, os produtores de suínos decidiram informar a população sobre as características benéficas da carne suína.
O suíno "moderno", melhorado geneticamente durante anos, alimenta-se à base de ração (soja e milho) e é confinado em lugares com temperatura ideal e em piso de cimento, sem qualquer acesso à terra e às pastagens, diminuindo o risco de contaminação. A justificativa para a adoção de medidas de bio-segurança na produção de suínos pode ser obtida, mediante uma breve avaliação do impacto econômico da ocorrência de doenças nos rebanhos. Dentre as conseqüências da ocorrência de doenças nos rebanhos de produção de suínos, destacam-se: Redução do desempenho (redução da produtividade), elevação da taxa de mortalidade (perda de animais), gastos com medicamentos e produtos biológicos (aumento do custo de produção), comprometimento da qualidade do produto final (menor retorno financeiro, ou remuneração), alterações de manejo (aumento de gastos com mão-de-obra), e gastos com honorários veterinários.
De 1980 para cá, o suíno perdeu 31% do seu nível de gordura, 14% de calorias e 10% de colesterol, tudo isso fruto dos avanços na genética, através do cruzamento e seleção de animais superiores.
Esta considerável diminuição na gordura corporal dos suínos merece alguns comentários adicionais. No suíno atual, 70% da gordura está localizada debaixo da sua pele (toucinho) e apenas 30% no restante do corpo. Ao se retirar a pele, a carne suína apresenta baixos teores de gordura. No interior dos músculos encontramos apenas 1,1 a 2,4 % de gordura, que é o mesmo das carnes de frango, e menor que das carnes bovina (2,5%) e de ovinos (6,5%).

2) HIPERTENSÃO ARTERIAL
De 15 a 20% da população mundial sofre com a hipertensão ou a pressão alta, como é conhecida popularmente. O problema pode ser agravado em pessoas que apresentem alguns fatores de risco, como herança familiar, idade avançada, altas taxas de colesterol, obesidade, consumo excessivo de sal ou álcool, fumantes, estresse emocional, diabetes e sedentarismo.
Uma das causas da hipertensão arterial é a ingestão de alimentos com alto teor de sódio. Por isso, a carne suína é recomendável porque, quando comparada às carnes de boi ou frango, possui menor teor de sódio e, como vantagem adicional, o nível mais elevado de potássio.
Dada a importância destes minerais, um alimento é avaliado pela relação sódio/potássio. A carne suína tem a menor relação sódio/potássio quando comparada à carne de frango e de boi. Por isso, é indicada para pessoas com problemas de hipertensão arterial.
Uma das virtudes da carne suína é o seu teor de potássio. Por isso a carne suína é a mais indicada para pessoas que têm pressão sangüínea alta, já que o potássio ajuda a regular os níveis de sódio que aumentam a retenção de líquidos no corpo.
Ao contrário do que se tem difundido pelo País, a carne suína é recomendada para as pessoas que sofrem de hipertensão arterial. Certamente não é a solução para o problema, mas sem dúvida pode ser uma excelente aliada para o controle desta enfermidade.

3) COLESTEROL
A gordura e o colesterol têm diminuído de forma progressiva nos últimos anos, em decorrência do intenso trabalho de melhoramento elaborado pelos técnicos e criadores. E esse é o fator que as pessoas desconhecem.
O nível de colesterol contido na carne de um suíno moderno é semelhante as das outras carnes (bovinos e aves) e está perfeitamente adequado às exigências do consumidor moderno. É importante saber que o conteúdo do colesterol de uma carne não está diretamente relacionado ao seu conteúdo de gordura. Um exemplo claro disso é que o camarão, apesar de ter bem menos gordura do que o suíno, apresenta taxas bem superiores de colesterol (de 97 a 164 mg/100g), contra 56 a 97 mg/100g de carne suína.

4) Nível de colesterol em alguns cortes
Carnes magras (por 100 g )
Filé de frango 98 mg
Pernil suíno 102 mg
Carne magra de vaca 123 mg
Carnes gordas (por 100 g )
Frango inteiro com pele 180 mg
costela suína 198 mg
costela de boi 289 mg
Fonte: Andrea Galante, diretora da Associação Paulista de Nutrição (Apan); Izilda Georgia C. Rossi, vice-presidente do Sindicato dos Nutricionistas do Estado de São Paulo; Valmir Costa da Rosa, superintendente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS); Solange G.C. Brazaca, nutricionista do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Escola Superior Luiz de Queiróz (ESALQ-USP); Luiz Gonzaga do Prado Filho, professor de Ciência e Tecnologia de Alimentos da ESALQ-USP.

5) Vantagens da carne suína
Pouca gordura e baixo teor calórico
Vários estudos científicos comprovam que a quantidade de gordura de um lombo cozido de suíno, por exemplo, diminuiu 77%, e o de calorias, 53%. Isso permite entender melhor o que aconteceu nos últimos 31 anos, quando os avanços na genética e na nutrição transformaram o porco de antigamente no suíno light da atualidade.

5.1) Baixo teor de colesterol
A carne do suíno moderno tem teor de colesterol comparável aos da carne de boi e frango, sem pele. Também atende às recomendações da American Heart Association - AHA , que estabelece um máximo de ingestão diária de 300 mg de colesterol por dia. Em 100 gramas de lombo assado ou cozido, por exemplo, existem 72,8 mg de colesterol.

5.2) Pouca gordura saturada
A carne suína também atende às recomendações da American Heart Association – AHA , em relação aos teores de gordura saturada. Em 100 gramas de lombo cozido, por exemplo, existem apenas 2,4 gramas de gordura saturada. Além disso, a carne suína possui mais gorduras "desejáveis", as insaturadas (65%), do que gorduras "indesejáveis", como saturadas (35%), o que é muito apreciado num alimento. É rica também em ácido Linoléico, que neutraliza de forma eficaz os efeitos negativos do ácido Palmítico, uma gordura saturada .

5.3) Teor adequado de calorias
Em 100 gramas de lombo cozido, existem apenas 188 kcal (menos de 9% do recomendado pela American Heart Association – AHA) um hambúrguer, por exemplo, tem 596 kcal.

5.4) Rica em Vitaminas e em Minerais
É excelente fonte de vitaminas do complexo B, principalmente de tiamina e riboflavina (B12) e destaca-se também pelo conteúdo de cálcio, fósforo, potássio e ferro. Quanto a este último, a carne suína tem o dobro do que na carne de frango, o que a faz a mais indicada para as mulheres, devido á presença de menstruação.
5.5) Alto valor nutritivo
Possui adequado teor de proteína, com uma boa combinação de todos os aminoácidos essenciais. Ao consumir 85 gramas de carne suína, uma pessoa atende aos seguintes percentuais de suas necessidades diárias de nutrientes:

53% de tiamina
33% de vitamina B12
22% de fósforo
20% de niacina
19% de riboflavina
18% de vitamina B6
15% de zinco
11% de potássio
7% de ferro
6% de magnésio


Conclusões
A carne suína pode ser uma vilã dependendo da quantidade, qualidade e corte, idade, raça e dieta do animal.A carne suína, modificada pela incorporação de técnicas arrojadas e modernas, deve fazer parte do cardápio diário, bem como pode e deve ser inserida no planejamento dietoterápico de apoio nutricional.
De acordo com o corte, e o modo de preparo a carne pode ser sim consumida, e até apresenta teor de colesterol menor que outras carnes. A carne de suíno magra, como o lombo, tem 34% menos colesterol do que o frango sem pele. O lombo suíno tem, inclusive, menos calorias do que o filé mignon bovino, considerado por muitos um exemplo de carne magra. Já é consenso, contudo, que dietas com excesso de gordura e de colesterol aumentam o risco de doença cardiovascular, e que o consumo de todas as principais fontes de gordura da dieta, incluindo-se as margarinas, o leite e derivados, e as carnes, deve ser monitorado.
De outro lado, os estudos mostram também segurança quando o consumo de carne se dá de forma moderada e como parte de uma dieta saudável, rica em vegetais, com pouco sódio e pouco açúcar. Com estes cuidados - moderação e opção por cortes magros, podemos garantir que a inclusão de diversos pratos típicos da culinária nacional que têm carne suína em sua composição está de acordo com as recomendações nacionais e internacionais para uma boa alimentação.
BRAGAGNOLO, Neura and RODRIGUEZ-AMAYA, Délia B.. Teores de colesterol, lipídios totais e ácidos graxos em cortes de carne suína. Ciênc. Tecnol. Aliment. [online]. 2002, vol.22, n.1, pp. 98-104. ISSN 0101-2061 http://www.scielo.br/pdf/cta/v22n1/a18v22n1.pdf

sábado, 22 de maio de 2010

Adoçantes na Gestação



Este artigo foi escrito pelo Afonso Maia, aluno do 6º período

A gestação é um período especial na vida de toda mulher, é nessa fase que ela sentirá todo prazer de gerar uma nova vida.
Durante essa fase a gestante tem suas necessidades nutricionais aumentadas a fim de garantir o crescimento saudável do seu bebê, ou seja, é absolutamente normal engordar e os seios aumentarem.
Essa reserva energética é muito importante tanto no pré quanto no pós parto, pois auxiliará a mãe na produção adequada de leite para amamentar o neném, por isso é importante uma boa alimentação e recusar dietas emagrecedoras, pois a gravidez NÃO é época para emagrecer!
Atualmente é comum o uso de adoçantes por todos nós, seja no café, chá ou suco; e são vários os tipos encontrados no mercado. Mas qual seria o ideal para as gestantes? Essa é uma das principais dúvidas das futuras mamães, e nós vamos respondê-la, analisando cada tipo e mostrando os prós e contras de cada um.
Para começo de conversa, os adoçantes (ou edulcorantes) são divididos em naturais e artificiais, sendo representantes dos naturais a sacarose, frutose e o esteviosídeo; e dos artificiais o aspartame, ciclamato, sacarina e acessulfame-k.
A sacarose é o açúcar tradicional, feito através do refino da cana-de-açúcar. Não é recomendado para as futuras mamães que já são diabéticas ou que desenvolveram diabetes gestacional.
Já a frutose tem um poder adoçante maior que a sacarose, além de ser absorvida mais lentamente no intestino, porém pode ser responsável por elevar os triglicerídeos quando usado em excesso, por isso deve ser evitado por gestantes que possuam alguma doença cardiovascular ou que já tenham os triglicerídeos elevados.
E o esteviosídeo é um adoçante que não possui caloria. Feito da extração das folhas da Stevia rabaudiana bertoni, tem poder adoçante de 100 a 300 vezes maior que a sacarose. No mercado é combinado com o ciclamato, que veremos a seguir.
No grupo dos artificiais encontra-se o aspartame, um tipo de adoçante muito utilizado e comentado, já foi alvo de muitas críticas, pois comentam sobre um possível efeito neurológico causado pelo seu uso. Segundo o estudo de Maria Regina Torloni a ingestão de aspartame durante a gestação é segura para as grávidas normais, porém deve ser evitado por aquelas que possuem fenilcetonúria.
O ciclamato é outro amplamente utilizado pela população, alguns estudos mostram que o adoçante possui a capacidade de atravessar a placenta e assim causar anomalias cromossômicas, apenas em dose muito elevada, algo como tomar e copos e copos de ciclamato todo dia.
A sacarina tem um gosto amargo e metálico, possui ação transplacentária e em estudos experimentais em ratos apresentou desenvolvimento de tumores malignos nos fetos.
Já a sucralose é outro adoçante artificial. É obtido da sacarose, e tem poder adoçante 800 vezes maior que o açúcar tradicional! Após 15 anos de estudo os cientistas chegaram ao seguinte resultado: não é muito absorvido pelo intestino, não causa câncer nem mutação, além de não influenciar o crescimento.
Por último, o acessulfame-k: ele tem a ação muito parecida com a da sucralose. Tem poder adoçante 200 vezes maior do que a sacarose. É amplamente utilizados em produtos industrializados.
VEREDICTO: o melhor adoçante é o açúcar tradicional! Por quê? Por que já é utilizado há centena de milhares de anos e nunca fez mal, não seria agora que faria. Obviamente tudo dentro dos padrões normais, ou seja, nada de exageros. Todavia, se você possui alguma restrição, como o diabetes, e NECESSITA utilizar o adoçante, use os feitos de sucralose ou acessulfame-k.
Nunca se esqueça do bom senso!!! Use somente algumas gotas, geralmente de 3 a 4 já são suficientes. Nada de jatos! Procure sempre revezar os tipos.
E por fim, nunca deixe de comer alimentos saudáveis, além de beber bastante água. Faça o pré-natal com seu médico de confiança e procure um nutricionista.

E você? O que acha sobre adoçantes na gestação? Qual é o melhor em sua opinião? Comente.

Referência Bibliográfica: Torloni, Maria Regina e cols. O uso de adoçantes na gravidez: uma análise dos produtos disponíveis no Brasil. http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v29n5/a08v29n5.pdf
Escrito por Afonso Maia.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Um cachorro-quente por dia eleva risco de doença cardiovascular em 42%





O estudo aponta para o excesso de gordura, sódio e conservantes dos embutidos

Comer um cachorro-quente por dia aumenta em 42% os riscos de sofrer doenças cardiovasculares, segundo um estudo americano publicado nesta segunda-feira e que mostra os riscos associados ao consumo de carnes e embutidos.
A pesquisa, da Faculdade de Medicina de Harvard, foi publicada nesta segunda-feira no site do jornal Circulation e se baseia na análise de 1.600 estudos que observaram 1,218 milhão de pessoas em uma dezena de países.
Os resultados mostram que um consumo diário de 50 gramas de embutidos, como uma salsicha, rodelas de mortadela ou de bacon defumado, está associado a um risco 42% maior de desenvolver uma doença cardiovascular, assim como 19% mais chances de ter diabetes tipo 2.
Entretanto, o estudo não revela a mesma correlação com o consumo de carne fresca, seja de boi, porco ou carneiro.
As normas de vida saudável recomendam um limite no consumo de carne, mas até agora "estudos mostraram resultados gerais relacionando o consumo de carne e doenças cardiovasculares e diabetes", afirmou Renata Micha, a principal autora do estudo.
"A maioria dos estudos anteriores não consideraram separadamente os efeitos na saúde do consumo de carne processada versus carne fresca", disse Micha, uma pesquisadora do departamento de Epidemiologia da Escola de Harvard de Saúde Pública (HSPH).
Sódio e conservantes
Enquanto carnes frescas e processadas consumidas nos EUA contêm quantidades parecidas de gordura saturada e colesterol, pesquisadores descobriram que a carne processada "contém, em média, quatro vezes mais sódio e 50% mais conservantes a base de nitratos", disse Micha.
"Isso sugere que diferenças em sal e conservantes, mais que a gordura, podem explicar o maior risco de doenças cardiovasculares e de diabetes no consumo de carne processada".
Com o objetivo de diminuir ataques cardíacos e aumento de casos de diabetes, seria melhor evitar carnes processadas como bacon, salames, salsichas e cachorros-quentes, destaca Micha.
"Baseado em nossas descobertas, comer uma porção de carne processada ou menos por semana estaria associado a um risco relativamente pequeno", concluiu Micha.




Fontes:http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/afp/2010/05/17/um-cachorro-quente-por-dia-eleva-risco-de-doenca-cardiovascular-em-42.jhtm
http://www.eupodiatamatando.com/wp-content/uploads/2007/03/salsicha.jpg

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Alimentação e enxaqueca


Olá.

Este artigo foi escrito pela Sharmyne Tavares do 5º período de Nutrição. Comente:


A enxaqueca pode ser considerada mais incapacitante do que doenças como a hipertensão arterial, a osteoartrite e a diabetes, pois acarreta, além do sofrimento individual, prejuízo econômico de custos diretos (atenção médica, medicamentos) e indiretos (diminuição da produtividade e falta ao trabalho). As mulheres são as mais afetadas, mas também pode acometer crianças.
Uma crise de enxaqueca pode ser desencadeada pelos mais diversos fatores. A lista é infinita e varia de pessoa para pessoa. Aquilo que desencadeia crise de enxaqueca para um, não necessariamente desencadeia para outro. Normalmente, quanto mais grave uma enxaqueca, mais fatores (alimentares ou não) podem desencadeá-la.
O desequilíbrio hormonal é um dos fatores determinantes da enxaqueca. Logo, componentes que fazem parte de certos alimentos, podem desencadear enxaqueca por causarem esse desequilíbrio. Estes alimentos quando consumidos em excesso desequilibram importantes substâncias como hormônios e neuropeptídeos, podendo resultar na doença.
Ter sua enxaqueca desencadeada por um fator, no caso um alimento, nem sempre significa que ele a esteja causando. Significa que você está com uma doença (enxaqueca) que predispõe o aparecimento dos sintomas mediante qualquer coisa, por mais inocente que seja.
Alguns alimentos que causam modificações no tônus vascular (provocando alterações no calibre dos vasos sanguíneos do encéfalo – primeiro diminuindo-os e depois os aumentando), desencadeando as crises, são: leite, queijos curados e ricota; bebidas a base de cola e outros alimentos industrializados; vinho tinto; adoçante e temperos industrializados; cafeína, presente no café, chá preto, chá mate e chocolates; entre outros.
Além destas substâncias, outros alimentos também são responsáveis pelas crises, como frutas cítricas, queijos, alimentos gordurosos, embutidos, enlatados, glutamato monossódico entre outros. O mais adequado seria eliminar os alimentos suspeitos, para melhora do quadro, e em seguida reintroduzi-los aos poucos na dieta a fim de detectar os responsáveis.
Doces, açúcar e álcool, quando há um aumento do consumo desses alimentos, podem proporcionar hipoglicemia. O organismo reconhece uma “falta” de energia no cérebro para seu funcionamento normal e utiliza outros mecanismos para manter os níveis de glicose cerebral, aumentando a frequência cardíaca, a temperatura, irritabilidade e a produção de prostaglandinas que causam vasodilatação e por consequência a enxaqueca.
A solução não é viver passando vontade, mas sim melhorar para que possa expor-se a esses ingredientes, sem ganhar uma crise de enxaqueca em troca. Isso sim é sua verdadeira melhora.
Existem alimentos que evitam muito estas crises, como: água de coco, pois hidrata e repõe sais minerais e o gengibre em pó, que tem a função de diminuir o processo inflamatório, pois inibe a produção das prostaglandinas e conseqüentemente a dor. Deve-se adequar o consumo de carboidratos, especialmente os carboidratos complexos, como cereais, massas e pães – pois o cérebro utiliza os nutrientes provenientes destes alimentos como fonte de energia em suas funções; frutas, pelas vitaminas, minerais e fibras, que atuam no bom funcionamento do organismo; entre outros.
Tão importante quanto evitar o alimento errado, é não deixar de se alimentar. Ficar muito tempo sem comer leva a uma baixa do açúcar no sangue (hipoglicemia), para a qual as pessoas que sofrem de enxaqueca são muito sensíveis. É importante realizar em média, 6 refeições bem balanceadas todos os dias e evitar longos períodos de jejum. Tomando esses cuidados, quem sofre de enxaqueca poderá reduzir muito suas crises.
Na literatura científica, existem poucos trabalhos que identifiquem a relação entre alimentação e enxaqueca.


sábado, 15 de maio de 2010

Sedentarismo e má alimentação não determinam obesidade, indica pesquisa da USP




O consumo de alimentos gordurosos e de sucos naturais adicionados de açúcar contribuiu para o aumento do IMC

Uma pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP relacionou o consumo de determinados alimentos e o padrão de atividade física com o excesso de peso num grupo de adolescentes de Piracicaba, no interior de São Paulo. Surpreendentemente, não foram verificadas relações diretas entre um padrão alimentar inadequado e o hábito de vida sedentário com o excesso de peso.
“Esperávamos que os adolescentes sedentários, que consumissem maior quantidade de doces e refrigerantes, apresentassem maior ganho de peso. Enquanto aqueles mais ativos fisicamente, que consumissem mais frutas, legumes e verduras ganhassem menos peso”, esclarece a nutricionista Carla Cristina Enes, autora da pesquisa. Segundo ela, a motivação para a realização do estudo foi o aumento da prevalência de excesso de peso entre jovens nos últimos anos, tendo em vista que os principais fatores ambientais determinantes da obesidade são a alimentação inadequada e a vida sedentária.
Não houve relações entre má alimentação e sedentarismo com excesso de peso
Entre 2004 e 2005, foram entrevistados 256 adolescentes, de ambos os sexos, com idade entre 10 e 16 anos, de escolas estaduais no município de Piracicaba. Carla aplicou questionários para obter informações sobre consumo alimentar, prática de atividade física, tempo dedicado a atividades recreativas de baixa intensidade (TV, videogame, computador), entre outras questões. “Realizamos também uma avaliação antropométrica (peso e altura) para identificar o estado nutricional dos adolescentes”, explica.
A pesquisadora relata que esperava encontrar associações entre o padrão de atividade física, mais especificamente em situações de sedentarismo, com o excesso de peso. Entretanto essa relação não foi verificada. “O consumo de doces e bebidas artificiais adoçadas (refrigerantes, sucos artificiais, etc.) também não apresentou associação com o ganho de peso”, explica.
Mais computador e refrigerantesOs dados mostraram aumento no uso de computador e no consumo de bebidas artificiais adoçadas no período de um ano. “Houve redução do consumo de gorduras, sucos naturais com açúcar e alimentos com elevado teor lipídico, como pipoca, pizza e salgadinhos. O consumo de frutas, verduras e legumes aumentou apenas entre as meninas”, explica a pesquisadora.
Segundo Carla, a pesquisa mostrou que o consumo de alimentos com elevado teor lipídico e de sucos naturais adicionados de açúcar associou-se positivamente ao aumento do índice de massa corporal (IMC). “Quanto maior o consumo desses grupos de alimentos maior foi o ganho do IMC no intervalo de um ano”, esclarece.
Carla ressalta a importância das pesquisas sobre hábitos alimentares e atividade física devido à complexidade de fatores que causam a obesidade. Segundo a nutricionista, a doença é fruto da exposição acumulativa a diferentes fatores de risco durante as primeiras fases da vida. E sua prevenção ainda na adolescência é fundamental para controlar outras doenças crônicas e conduzir à melhoria da qualidade de vida da população.
“A partir da identificação dos principais fatores ambientais que favorecem a ocorrência de obesidade, políticas públicas mais efetivas podem ser elaboradas e colocadas em prática na tentativa de conter o crescimento da obesidade entre jovens, já que este pode ser considerado um problema de saúde pública”, conclui.
A pesquisa foi orientada pela professora Betzabeth Slater Villar e defendida no Departamento de Nutrição da FSP como tese doutorado em abril de 2010.


quinta-feira, 13 de maio de 2010

Bebês alimentados com mamadeira se tornam crianças mais comilonas, diz estudo


Saiu na http://boasaude.uol.com.br/news/index.cfm?news_id=8489&mode=browse
Mais uma razão para o incentivo ao aleitamento materno.


Bebês que são alimentados com mamadeira logo nos primeiros meses de vida parecem se tornar mais comilões durante a infância do que aqueles alimentados exclusivamente pela amamentação, segundo estudo que será publicado na edição de junho da revista Pediatrics. Acompanhando o primeiro ano de vida de 1250 crianças, os pesquisadores dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) descobriram que aqueles que tomavam mamadeira nos primeiros seis meses de vida - mesmo que fosse de leite materno - apresentavam menos "autorregulação" do apetite mais tarde.
De acordo com os autores do estudo, esse chamado "efeito mamadeira" pode ser uma das razões para a associação entre aleitamento materno e um menor risco de obesidade infantil. Nas pesquisas mais recentes sobre o efeito da amamentação no ganho de peso, o foco tem sido nos componentes do leite materno - como os hormônios leptina e adiponectina, que ajudam a regular o apetite e o metabolismo. Entretanto, as novas descobertas sugerem que a forma de alimentar os pequenos também importa nesse sentido.
No estudo, a autorregulação foi medida quando os bebês tinham sete, nove, 10 e 12 meses de idade, com as mães sendo perguntadas sobre a frequência em que os bebês tomavam uma mamadeira ou um copo de leite inteiros. Os resultados indicaram que, entre os exclusivamente amamentados nos primeiros seis meses, 27% sempre terminavam sua mamadeira, comparados com 54% daqueles que tiveram alimentação mista, e 68% dos alimentados apenas com mamadeira nos primeiros meses de vida. E isso ocorria independentemente de outros fatores, como peso e escolaridade materna, renda familiar e etnia.
De acordo com os autores, os bebês que tiveram mais de dois terços de sua alimentação via mamadeira no início da vida tinham duas vezes mais chances de, mais tarde, esvaziar a mamadeira do que aqueles que tiveram menos de um terço de sua alimentação pelo recipiente. E o padrão era similar tanto para mamadeiras com fórmula láctea quanto para aquelas com leite tirado do peito.
A pesquisadora Ruowei Li destaca que a obesidade é uma questão complexa, com muitos fatores envolvidos - da suscetibilidade genética a fatores socioeconômicos e culturais, além de hábitos de exercícios. Mas o estudo sugere que a alimentação com a mamadeira poderia ser um fator controlável no princípio da vida. "Não está claro por que a amamentação pode encorajar uma melhor autorregulação, mas, quando os bebês são amamentados, eles controlam a quantidade de leite que consomem; quando os pais dão mamadeira, eles podem tentar fazer o bebê esvaziar a mamadeira todas as vezes. É possível que isso interfira na capacidade inata do bebê de regular sua ingestão de calorias em resposta a sinais internos de apetite", explicou.
Fonte: Pediatrics. Edição prévia de junho de 2010.



terça-feira, 11 de maio de 2010

Indígenas brasileiros têm altos índices de anemia, obesidade e desnutrição


Olhem só o que a civilização fez:


A pesquisa mais abrangente sobre saúde indígena já realizada mostrou que é comum encontrar nas aldeias brasileiras mulheres e crianças com anemia, com mães acima do peso e crianças desnutridas.
Encomendado pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e realizado pela Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), o primeiro Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição dos Povos Indígenas aplicou questionários a 6.707 mulheres de 14 a 49 anos e a 6.285 crianças de até cinco anos de idade, que viviam em aldeias entre 2008 e 2009.
A pesquisa revelou que a anemia está presente em um terço das mulheres e em 51,3% das crianças. Já o peso se revelou um problema entre as mulheres: 15,7% têm sobrepeso e 30,2%, obesidade. Entre as crianças, 26% têm uma estatura abaixo da esperada para a idade.
Para os pesquisadores Carlos Coimbra Júnior e Bernardo Lessa Horta, as hipóteses para explicar os resultados são o alto índice de diarreias e infecções por doenças como malária, o saneamento deficiente e a introdução de alimentos mais gordurosos e com menor teor nutricional na dieta dos índios.


Perder peso rapidamente é a chave para manter o emagrecimento

Muito interessante esta matéria que saiu na internet

A melhor forma de manter o peso após o emagrecimento, ao contrário do que se acreditava, é perder peso rapidamente nos estágios iniciais de tratamento contra a obesidade, e não gradualmente, segundo recente estudo da Universidade da Flórida, nos EUA.

A pesquisa incluiu 262 mulheres obesas de meia idade que participaram de um programa de emagrecimento que incluía o incentivo a comer menos calorias e a aumentar a intensidade dos exercícios, com o objetivo de perder 450 gramas por semana. E os resultados indicaram que aquelas que perderam cerca de 680g por semana no primeiro mês tinham maior probabilidade de manter o peso em longo prazo, comparadas àquelas que perderam menos peso.

De acordo com os autores, as mulheres com rápida perda de peso no primeiro mês eram cinco vezes mais propensas a manter 10% da perda de peso em 18 meses, contrariando as crenças de que uma perda gradual aumentaria as chances de sucesso no tratamento. Porém, mais estudos são necessários para confirmação dos resultados e para desvendar suas razões.
O que vocês acham? É melhor emagrecer rápido ou devagar?

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Câmara aprova projeto que obriga escolas a adotar alimentação saudável



Rede de Nutrição do Sistema Único de Saúde (REDENUTRI)



19/04/2010


A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta quinta-feira (15) o Projeto de Lei 127/07, de autoria do deputado Lobbe Neto (PSDB-SP), que obriga creches e escolas do nível fundamental a substituírem, em suas dependências, os alimentos não saudáveis por alimentos saudáveis, conforme critérios a serem estabelecidos por autoridades sanitárias. O projeto vale para estabelecimentos públicos e privados.

A proposta foi aprovada em caráter conclusivo, ou seja, um rito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto pode perder esse caráter se houver recurso assinado por 51 deputados. Nesse caso, o projeto precisará ser votado pelo plenário, antes de seguir para o Senado.

De acordo com a proposta, os estabelecimentos não poderão oferecer alimentos não saudáveis em suas dependências, sob nenhum pretexto, nem fazer propaganda deles.

Os estabelecimentos infratores estarão sujeitos às penas previstas na Lei 6.437/77, que define as infrações à legislação sanitária federal. As penas vão desde advertência e multa ao fechamento do
estabelecimento infrator.

O autor da proposta destaca que o aumento da taxa de obesidade infanto-juvenil tem provocado maior incidência de doenças como diabetes e hipertensão, ocorrência de cáries e disfunções do aparelho gastrointestinal. Ele lembra, por exemplo, que obesidade e diabetes já foram consideradas doenças típicas de idades mais avançadas.

Na avaliação do parlamentar, uma das causas mais evidentes dessa situação é a mudança dos padrões alimentares e de recreação da população jovem. "O consumo de guloseimas, refrigerantes, frituras e outros produtos calóricos não nutritivos, preparados com conservantes,
tem sido um fator determinante responsável pelas doenças precoces e outras insuficiências enfrentadas pela população infanto-juvenil", destacou.

Prof. Alden dos Santos Neves
Coordenador do Curso de Nutrição do Centro Universitário de Volta Redonda-UniFOA
Tel.:3340-8400 ramal: 8594
e-mail: alden.neves@foa.org.br

domingo, 9 de maio de 2010

Afinal, comer carboidrato à noite engorda ?



Comente o artigo escrito pela aluna Fernanda Rocha, 5º periodo de Nutrição UniFOA






Apesar das dietas revolucionárias e milagrosas que estão circulando hoje e o conceito distorcido de que o carboidrato engorda, é importante lembrar que este nutriente presente nas frutas,pães , legumes e cereais em geral é uma fonte de energia essencial para o nosso organismo .Porém quem nunca escutou “Se quiser emagrecer é só parar de comer carboidrato “ .

Na verdade, o que engorda, é um conjunto de fatores como ingerir calorias em excesso, e ficar muito tempo sem se alimentar. Apesar da redução do metabolismo durante a noite, o consumo de carboidratos deve ser preservado, afinal ele é fonte essencial de energia para o cérebro. A restrição exagerada de carboidratos promove perda de peso, porém esta perda não é de forma saudável e com possibilidade de ganho muito rápido do peso perdido.

A dica é ingerir carboidratos ricos em fibras, entre eles os alimentos integrais, e com pouca gordura. Verduras, grãos, legumes e frutas também são recomendados. Atenção as quantidades e ao horário de ingestão deste nutriente que deve ser de no mínimo duas horas antes de dormir. As refeições equilibradas são a receita de sucesso para o emagrecimento saudável. Por isso a restrição de algum nutriente só é recomendada em casos especiais.

Ao montar o seu prato pense sempre na diversidade de alimentos, enriqueça-o com hortaliças, e busque uma refeição bem colorida. A ingestão de água, entre outros líquidos como sucos e chás, também é muito importante, beba-os no decorrer do dia, porém não recomenda-se a ingestão de liquido durante a refeição.

Segundo o nutricionista Aloízio Ferreira, especialista em Nutricão Esportiva, à noite, devemos ficar atento ao consumo de carboidratos simples, pois estes estimulam a liberação rápida da insulina que é antagonista do Hormônio do crescimento (GH). O GH é um hormônio cuja redução está relacionada à diminuição da síntese protéica, da massa magra e da massa óssea e aumento da massa de tecido adiposo.

Portanto, prefira combinações mais saudáveis para o acompanhamento do carboidrato, como por exemplo: Prefira uma macarronada com molho de tomate à uma macarronada com molho cremoso rico em queijo ou à bolonhesa. Para sanduíches troque recheios gordurosos como hambúrguer ou frituras por recheios à base de queijo branco ou requeijão ou frios derivados de aves como peito de frango ou de peru. No caso da pizza, prefira a marguerita ou frango no lugar da calabresa ou portuguesa.
Referência: Krause - Alimentos, Nutrição e Dietoterapia - L. Kathleen Mahan & Sylvia Escott-Stump, 11ª ed. 2009.

sábado, 8 de maio de 2010

Consumo de Frutas e doenças cardiometabólicas







Uma pesquisa realizada na Bahia e publicada na revista " Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia" concluiu que o consumo de mais de 3 porções de frutas por dia pode dificultar, retardar ou impedir o aparecimento de fatores de risco para doenças cardiovasculares ou metabólicas em mulheres obesas.

Os autores avaliaram 306 mulheres idade entre 20 e 59 anos que não foram submetidas à cirurgia bariátrica e não realizaram tratamento para obesidade, hipertensão arterial sistêmica, diabetes melito e dislipidemias. Foram definidas como casos mulheres obesas sem outros fatores de risco cardiometabolicos (RCM) aquelas que apresentassem: a) colesterol total <> 50 mg/dL; triglicérides < 150 mg/dL; b) pressão arterial (PA) < 130/85 mmHg e não ser hipertensa; c) glicemia de jejum < 100 mg/ dL e não ser diabética.

As entrevistadas responderam a questionários sobre fatores socioambientais, psicocomportamentais e biológicos. Foram dosados os níveis de PCR ultrassensível (PCR), da adiponectina plasmática (AdipoQ), do perfil lipídico e da glicemia em jejum. A PCR e AdipoQ são marcadores inflamatórios produzidos no tecido adiposo, sugerindo que sua ação seja antiaterogênica e anti-inflamatória. Segundo os autores, o consumo de frutas < três porções/dia foi relatado pela maioria das mulheres, mas a associação entre consumo desejável de frutas e baixo RCM foi forte, sugerindo que o consumo diário de três ou mais porções de frutas pode dificultar, retardar ou impedir o aparecimento de outros RCM entre as mulheres estudadas.

De acordo com a literatura, as fibras, sobretudo as solúveis, são protetoras de RCM e outras doenças crônico não transmissíveis. A recomendação de ingestão de fibra alimentar para o adulto é de 20 g a 30 g/dia, sendo 25% de fibra solúvel, que corresponde, no mínimo, a três porções de 100 g de fruta/dia. Estas fibras atuam na redução dos níveis de colestero, entretanto estudos epidemiológicos brasileiros mostram que a quantidade consumida é insuficiente para a normalização da hipercolesterolemia e o consumo de uma maior quantidade nem sempre é bem tolerado.

COSTA, Maria Cecilia; BRITO, Luciara Leite; ARAUJO, Leila M. Batista e LESSA, Ines. Fatores associados ao baixo risco cardiometabólico em mulheres obesas. Arq Bras Endocrinol Metab [online]. 2010, vol.54, n.1, pp. 68-77