sábado, 30 de abril de 2011

Projeto desenvolve massas funcionais

Autora: Danielle Kiffer

Fonte: http://www.faperj.br/boletim_interna.phtml?obj_id=7157


Massa enriquecida com cálcio poderá beneficiar pessoas com osteoporose

O mito de que comida nutritiva e saudável não pode ser saborosa está com os dias contados. Diversas opções no mercado exploram o que há de melhor em sabor e qualidade de legumes, verduras e outros alimentos naturais. Uma delas vem da empresa Vanina & Nair Produtos Alimentícios Artesanais, que está lançando uma linha de massas voltadas especialmente para pessoas com problemas de saúde, como pressão alta e osteoporose. A iniciativa tem apoio do edital Auxílio a Projetos de Inovação Tecnológica, da FAPERJ.



Nair Varella comanda os negócios da empresa, que há dez anos vem produzindo massas artesanais, doces e salgados na região serrana, integrando o pólo gastronômico de Itaipava, distrito de Petrópolis. Agora, ela vem adicionando às massas fibras, como as da linhaça, e cálcio, como uma forma de direcionar esses produtos especialmente às pessoas que têm deficiência desses nutrientes. Considerada um alimento funcional, a linhaça conta, em sua composição, com proteínas, fibras alimentares e ácidos graxos poliinsaturados (ômega 3 e ômega 6), estes últimos conhecidos por atuar na redução do LDL, o mau colesterol. Segundo os pesquisadores da Associação Brasileira de Nutrologia, a semente de linhaça é a mais rica fonte de ômega 3 na natureza. “Como a partir de 2006 passamos a fornecer alimentos para grandes redes que vendem produtos naturais no Rio de Janeiro, tivemos que nos capacitar para fabricar salgados e doces integrais, light e diet.” Nair aproveitou para estudar uma forma de expandir sua linha também com diversos tipos de massas secas e frescas, como talharim, espaguete, ravióli e capelete, tanto integrais quanto brancas.



Para isso, a empresa fechou uma parceria com o Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/RJ), em Vassouras. É para lá que a empresária vai, de 15 em 15 dias, acompanhar a evolução do desenvolvimento do produto. No momento, as massas estão em fase de testes. No laboratório do Senai, engenheiros de alimentos e nutricionistas testam o sabor depois da adição de cálcio industrializado e das fibras de linhaça à massa e verificam se os nutrientes permanecem mesmo depois do cozimento. "Esta fase de testes é primordial para a determinação do que será acrescentado às massas. Se o cálcio industrializado não permanecer no alimento depois de cozido, vamos procurar uma outra fonte desse elemento", explica Nair.



Algumas matérias-primas utilizadas na produção das massas vêm do sítio de propriedade de Nair, em Itaipava. Lá são cultivados legumes e verduras, como couve e espinafre; frutas, como banana e caqui, sem utilização de agrotóxicos. “Não usamos nenhum produto químico em nossas culturas. Em nossa criação de galinhas, por exemplo, empregamos própolis em vez de antibióticos, para que os ovos que colocamos em nossas receitas sejam os mais saudáveis para o consumo”, diz a empresária. Nair pretende produzir até mesmo a linhaça que utilizará nas massas. “Ainda não sei se a nossa região é adequada ao plantio desse cereal, mas farei em breve um cultivo experimental.” A empresa também dá preferência a adquirir matérias-primas de vários fornecedores localizados na região, como uma forma de integrar e estimular a economia regional.



“Ao darmos um passo como este, passando da produção artesanal para a produção em maior escala, nos preocupamos bastante com a qualidade do produto final. Estamos analisando a quantidade de fibras a ser adicionada à receita porque queremos que o alimento que produzimos não só faça bem à saúde como também seja muito saboroso”, afirma Nair. Depois dos testes, as massas ainda passarão pelo estudo de tempo de vida útil nas prateleiras dos mercados, que é a análise de quanto tempo o produto resiste e qual será seu prazo de validade. A empresária estima que as massas estarão disponíveis para comercialização até o fim do ano.













sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Pesquisadores alertam: atividade sem dieta e dieta sem exercício não emagrece

Muito se discute que alimentação e exercícios são os principais pilares para a manutenção de um corpo saudável.  A Alexandra encontrou esta matéria na uol e sugere sua leitura.

 Durante o congresso americano de medicina esportiva (ACSM) realizado em Baltimore de 2-5 de junho, várias discussões importantes ocorreram sobre temas como nutrição, atividade física, treinamento, suplementos e etc.


Unindo boa parte das informações disponíveis e avaliando os dados abaixo que foram encontrados em estudos SEM controle da alimentação apenas com exercícios físicos, ou apenas controle da alimentação SEM atividade física, os pesquisadores foram unanimes em dizer que aliar a atividade física a um programa de reeducação alimentar é a única forma de perder gordura corporal.


Um dos temas mais discutidos em várias apresentações foi a questão do emagrecimento relacionada ao exercício físico e à dieta. Diversos autores demonstraram que a literatura científica tem apresentado vários estudos mostrando o fracasso de programas de atividade física auxiliando no processo de emagrecimento. Segundo estes pesquisadors fatores como humor, intensidade do exercício, variações hormonais, tipo de alimentação entre outros poderiam ser responsáveis por este fracasso. De forma bastante interessante, um importante pesquisador da área apresentou estudo no qual mulheres submetidas a programa de atividade física sem controle da dieta perderam gordura corporal em 12 meses. No entanto, após 18 meses o grupo começou a recuperar o peso perdido. Sendo o autor da pesquisa alguns fatores poderiam contribuir para este resultado:


1) após perder certa quantidade de peso o gasto energético diário também cai, afinal o organismo precisa de menos energia para manter uma massa menor;


2) também ocorre, de forma muito freqüente, a “recompensa” pelo exercício (“já que caminhei, posso consumir uma bola de sorvete”). No entanto, segundo o pesquisador as pessoas têm muito pouca idéia do quanto gastam de calorias na atividade. Até podem saber quantas calorias têm uma bola de sorvete, mas não quanto gastam em 40minutos de exercício. De certo modo, isto também é conseqüência do gasto calórico calculado nas esteiras, equipamentos de atividade aerobia e relógios específicos que na maioria das vezes superestimam o gasto energético na atividade.


3) alguns trabalhos também têm demonstrado que em mulheres a atividade física promove aumento da secreção de um hormônio chamado grelina, responsável por estimular a fome, isto é, após gastar energia com o exercício, o organismo ativa este sistema para que haja reposição das calorias gastas. Este mecanismo também explicaria porque as mulheres têm muito mais dificuldade de emagrecer do que os homens.


Outros dados apresentados mostravam resultados de estudos nos quais os indivíduos, ao contrário do relatado acima, apenas fizeram restrição alimentar, mas não se exercitaram. Para surpresa dos estudiosos a maioria das pessoas neste estudo ganhou gordura corporal ao invés de perder. Os resultados mostraram que ao submeter o organismo à restrição calórica houve perda de massa magra e conseqüentemente redução do gasto energético diário. Assim se o indivíduo gastava 2000Kcal/dia e passou a consumir 1600kcal/dia, em curto espaço de tempo o organismo passou a gastar menos calorias para se manter de forma a igualar o que estava sendo consumido ou gastando ainda menos de 1600kcal/dia, levando ao ganho de gordura com a dieta. Diversos mecanismos de controle existem no nosso corpo regulando fome, saciedade, sono, fazendo com que o processo de emagrecimento apenas com restrição calórica seja pouco efetivo.

Sendo assim, aliar a atividade física a um programa de reeducação alimentar é a única forma eficaz para perder gordura corporal e sustentar esta perda depois

domingo, 30 de janeiro de 2011

Nova equação para estimar o gasto energético em obesos graves


Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, desenvolveram uma nova equação para estimar o GER (gasto energético de repouso), no qual oferece resultados mais precisos do que as equações disponíveis atualmente para indivíduos com obesidade grave.

A pesquisa fez parte do projeto de mestrado da nutricionista Lilian Mika Horie, sob orientação do professor doutor Dan Linetzky Waitzberg, em que inicialmente compararam as equações preditivas existentes com a calorimetria indireta e, em seguida, tiveram o objetivo de desenvolver uma nova equação com base em compartimentos da composição corporal.

Foram avaliados 120 pacientes gravemente obesos (37 homens [30,8%] e 83 mulheres [69,2%]), com IMC (índice de massa corporal) de 34,4 a 61,0 kg/m2 e idade entre 18 e 62 anos.

Os participantes foram submetidos à avaliação antropométrica, composição corporal e gasto energético de repouso durante duas semanas. As medidas antropométricas incluíram avaliações do peso corporal e altura para determinação do IMC, que foi calculado através do peso dividido pela altura ao quadrado.

A avaliação da composição corporal foi realizada pelo aparelho de bioimpedância elétrica (BIA) multifrequencial, sendo estimada através de equação específica para pacientes com obesidade grave.

O gasto energético de repouso foi medido por calorimetria indireta e calculado de acordo com a equação de Weir (1949):

Taxa metabólica basal (TMB) = 3,9[VO2(l/min)] + 1,1[VCO2 (l/min)]

VO2 = volume de oxigênio

VCO2 = volume de dióxido de carbono

GER (kcal / dia) = TMB x 1,440 min



As equações preditivas para GER utilizadas para comparação foram: Harris-Benedict (1919), Ireton-Jones (2002), Owen (1986-1987) e Mifflin (1990).

Quando calculado pela equação de Harris-Benedict (1919), o GER foi superestimado em +185 kcal para homens e subestimado em -114 kcal entre as mulheres. A equação de Ireton-Jones apresentou valores que variaram de -699 a +435 kcal. As equações de Owen e Mifflin superestimaram em +273,2 kcal e +166,5 kcal, respectivamente.

A partir dos resultados obtidos, uma nova equação de predição do GER foi proposta utilizando dados da massa magra (MM), obtida pela BIA, e peso corporal.

Assim, a nova equação, denominada Horie-Waitzberg & Gonzalez, foi expressa em:

GER = 560,43 + (5,39 × peso atual) + (14,14 × massa magra)


A equação Horie-Waitzberg & Gonzalez foi testada em uma subamostra para validação (n = 60) e mostrou uma diferença insignificante (± 43 kcal) quando comparada ao GER calculado pela calorimetria indireta, proporcionando melhores resultados, como maior exatidão e precisão do que as outras equações preditivas.

“Em nosso estudo, a nova equação foi desenvolvida para estimar o GER especificamente de obesos graves, utilizando variáveis de peso e massa magra como os principais contribuintes para o gasto energético. Surpreendentemente, as variáveis de idade e sexo não foram preditores significativos para o GER desses pacientes”, comentam os autores.

“Nossa nova equação parece promissora e útil para os nutricionistas durante o planejamento nutricional de pacientes com obesidade grave. No entanto, serão necessários mais trabalhos de validação para confirmar a sua utilidade na prática clínica”, concluem.

Referência(s)

Horie LM, Gonzalez MC, Torrinhas RS, Cecconello I, Waitzberg DL. New Specific Equation to Estimate Resting Energy Expenditure in Severely Obese Patients. Obesity (Silver Spring). 2011 Jan 13. [Epub ahead of print]

Fonte:
Autor(a): Rita de Cássia Borges de Castro.
http://www.nutritotal.com.br/notas_noticias/index.php?acao=bu&id=486
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiw10f-pcYj6PBQLOpowAF_s0mXHxuVzTyEgBQDmKxJv8s9H1u7gIqZ0hwEJgMDr30wVFZ7a4zuBUjf3wgIN50RmWBf0R7oKH0XDMzzggQLCE_iTStHSMHOM7LQU-OTh_8W4E9NyeG9b_CZ/s400/normal_obeso.jpg


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Riscos e benefícios do chá verde

Esta reportagem, sugerida pela Alexandra foi exibida quinta feira, dia 20, no Jornal Hoje (Rede Globo). Uma pena não ter o depoimento de nenhum nutricionista, já que muitos Laboratórios de Nutrição pesquisam este fitoterápico. A sugestão de misturar com outros chás para suavizar seu sabor amargo é interessante, mas é preciso cautela ao escolher a planta, pois se tiverem principios ativos diferentes, uma pode inibir a ação da outra.
Para que erros não sejam cometidos, nada melhor do que as orientações de um nutricionista.


Ele ajuda a perder peso e a prevenir envelhecimento, mas é preciso tomar cuidado com a quantidade. Cápsulas podem conter substância em excesso.

Um segredo milenar de saúde. Os últimos estudos na Europa revelam que o chá verde pode proteger o cérebro de doenças como o Mal de Alzheimer e previne contra o câncer.
Rico em substâncias que previnem o envelhecimento precoce das células do corpo.
“O chá verde apresenta a catequina que é um antioxidante, o flavonóide que tem uma ação vascular, a cafeína que melhora a parte cognitiva e melhora a parte cardíaca, e apresenta vitaminas também do complexo b, complexo c e vitamina k”, conta o nutrólogo Edson Credidio.
Ele também é indicado para o emagrecimento. “Porque acelera o metabolismo. A pessoa tem uma tendência a perder peso”, completa o nutrólogo.
Mas para obter os benefícios é preciso tomar o chá de forma correta.
“Nós devemos utilizar uma colher de chá rasa para cada xícara de chá. O ideal seria tomar após o almoço ou após o jantar. Algumas pessoas têm alteração de sono por causa da cafeína, então o ideal seria no almoço. Mas é uma vez por dia só. O excesso é prejudicial”, diz Edson.
O excesso seria mais de quatro ou cinco xícaras por dia e pode sobrecarregar o fígado e outros orgãos.
“Além da toxicidade hepática, pode provocar gastrite, úlcera gástrica com sangramento, que às vezes não é perceptível, causando problemas sérios ao paciente. Algumas substâncias do chá diminuem a absorção de ferro e a pessoa fica anêmica”, explica João Ernesto de Carvalho, coordenador de um centro de pesquisas da Unicamp.
A preocupação com o consumo descontrolado de chá verde ficou maior com a comercialização de cápsulas com um concentrado do produto. A Anvisa não reconhece a eficiência dos chás produzidos dessa forma.
De acordo com pesquisadores da Universidade de Campinas, o chá verde em cápsulas tem uma concentração muito grande dos princípios ativos. Para se ter uma ideia, uma única unidade é equivalente a 10 xícaras de chá. Um exagero que em vez de trazer benefícios vai prejudicar a saúde.

“Pode causar diarreia, vômito, mal estar, batedeira, insônia, irritabilidade“, enumera o nutrólogo Edson Credidio.
“Quando você pega o chá, tira a água e põe em cápsula, ele passa a ser outro produto”, fala o pesquisador João Ernesto.
Em vez de tomar cápsulas, o médico Claudio de Lima Barbosa prefere misturar o chá verde com outras frutas para variar o sabor e ganhar saúde.
“Costumo fazer uma combinação de sucos de frutas com o chá verde. Com pêssego, abacaxi, abacaxi com hortelã, manga. Fica muito bom, saboroso e delicioso”, sugere o médico.





quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Mirtilo protege contra hipertensão

Pena que  o mirtilo não é comum por aqui, mesmo assim é interessante ler a matéria sugerida pela Alexandra.

O mirtilo (em inglês blueberry) é um fruto rico em antocianinas, nativo da américa do norte. De acordo com estudo publicado em 2010 no American Journal of Clinical Nutrition, indivíduos com dieta mais rica neste fruto tem menor risco de desenvolver hipertensão, a qual é fator de risco para infartos e derrames. Para quem mora no Brasil achar mirtilos não é fácil - nem barato - mas existem outros vegetais ricos em antocianinas como amoras, morangos, ameixas, repolho, cebola vermelha e toranja. Outros flavonóides também podem ser encontrados nos chás, em sucos de frutas, chocolate com alto teor de cacau e vinho tinto.

Outro estudo (este de 2011) mostrou que mais importante do que comer uma grande quantidade de uma única fruta (como o mirtilo), é variar bastante o cardápio. E continua valendo a máxima: quanto mais colorido o prato, melhor. No estudo, a variedade, e não a quantidade estavam associados a menores valores de proteína C-reativa (um marcador inflamatório).

Saiba o que deve comer aos 20, 30 e 40 anos






Sugestão de leitura da aluna Alexandra.


São palavras dela: "Devemos ter uma alimentação colorida e balanceada, mas em algumas fases da vida devemos ingerir determinados alimentos para formação e fortalecimentos das nossas células ".


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Pular o café da manhã pode aumentar os riscos cardiometabólicos a longo prazo

Para uma vida adulta com saúde, crianças e adolescentes não devem deixar de realizar o café da manhã.

Os efeitos a longo prazo de saltar o café da manha na saúde cardiometabólica não são bem compreendidos. Um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition analisou as associações longitudinais do hábito de saltar o café da manhã na infância e na idade adulta com fatores de risco cardiometabólicos na idade adulta.

O estudo contou com 2.184 participantes de 9 a 15 anos de idade. Os participantes foram classificados em 4 grupos: realizou o desjejum na infância e na idade adulta (n = 1.359), pulou o desjejum apenas na infância (n = 224), pulou o desjejum apenas na idade adulta (n = 515), e não realizou o desjejum na infância e idade adulta (n = 86). Após ajuste para idade, sexo e fatores sociodemográficos e estilo de vida, os participantes que não faziam o desjejum na infância e idade adulta tinham maior circunferência da cintura, maior de insulina em jejum, colesterol total e colesterol LDL do que aqueles que faziam o desjejum tanto na infância quanto na idade adulta.

Os autores concluíram que o salto do café da manhã durante um longo período pode ter efeitos prejudiciais sobre a saúde e o risco cardiometabólico. Promover os benefícios do café da manhã poderia ser uma mensagem simples e importante de saúde pública.

Fonte: American Journal of Clinical Nutrition, Volume 92, Number 6, 2010, Pages 1316-1325