segunda-feira, 17 de maio de 2010

Alimentação e enxaqueca


Olá.

Este artigo foi escrito pela Sharmyne Tavares do 5º período de Nutrição. Comente:


A enxaqueca pode ser considerada mais incapacitante do que doenças como a hipertensão arterial, a osteoartrite e a diabetes, pois acarreta, além do sofrimento individual, prejuízo econômico de custos diretos (atenção médica, medicamentos) e indiretos (diminuição da produtividade e falta ao trabalho). As mulheres são as mais afetadas, mas também pode acometer crianças.
Uma crise de enxaqueca pode ser desencadeada pelos mais diversos fatores. A lista é infinita e varia de pessoa para pessoa. Aquilo que desencadeia crise de enxaqueca para um, não necessariamente desencadeia para outro. Normalmente, quanto mais grave uma enxaqueca, mais fatores (alimentares ou não) podem desencadeá-la.
O desequilíbrio hormonal é um dos fatores determinantes da enxaqueca. Logo, componentes que fazem parte de certos alimentos, podem desencadear enxaqueca por causarem esse desequilíbrio. Estes alimentos quando consumidos em excesso desequilibram importantes substâncias como hormônios e neuropeptídeos, podendo resultar na doença.
Ter sua enxaqueca desencadeada por um fator, no caso um alimento, nem sempre significa que ele a esteja causando. Significa que você está com uma doença (enxaqueca) que predispõe o aparecimento dos sintomas mediante qualquer coisa, por mais inocente que seja.
Alguns alimentos que causam modificações no tônus vascular (provocando alterações no calibre dos vasos sanguíneos do encéfalo – primeiro diminuindo-os e depois os aumentando), desencadeando as crises, são: leite, queijos curados e ricota; bebidas a base de cola e outros alimentos industrializados; vinho tinto; adoçante e temperos industrializados; cafeína, presente no café, chá preto, chá mate e chocolates; entre outros.
Além destas substâncias, outros alimentos também são responsáveis pelas crises, como frutas cítricas, queijos, alimentos gordurosos, embutidos, enlatados, glutamato monossódico entre outros. O mais adequado seria eliminar os alimentos suspeitos, para melhora do quadro, e em seguida reintroduzi-los aos poucos na dieta a fim de detectar os responsáveis.
Doces, açúcar e álcool, quando há um aumento do consumo desses alimentos, podem proporcionar hipoglicemia. O organismo reconhece uma “falta” de energia no cérebro para seu funcionamento normal e utiliza outros mecanismos para manter os níveis de glicose cerebral, aumentando a frequência cardíaca, a temperatura, irritabilidade e a produção de prostaglandinas que causam vasodilatação e por consequência a enxaqueca.
A solução não é viver passando vontade, mas sim melhorar para que possa expor-se a esses ingredientes, sem ganhar uma crise de enxaqueca em troca. Isso sim é sua verdadeira melhora.
Existem alimentos que evitam muito estas crises, como: água de coco, pois hidrata e repõe sais minerais e o gengibre em pó, que tem a função de diminuir o processo inflamatório, pois inibe a produção das prostaglandinas e conseqüentemente a dor. Deve-se adequar o consumo de carboidratos, especialmente os carboidratos complexos, como cereais, massas e pães – pois o cérebro utiliza os nutrientes provenientes destes alimentos como fonte de energia em suas funções; frutas, pelas vitaminas, minerais e fibras, que atuam no bom funcionamento do organismo; entre outros.
Tão importante quanto evitar o alimento errado, é não deixar de se alimentar. Ficar muito tempo sem comer leva a uma baixa do açúcar no sangue (hipoglicemia), para a qual as pessoas que sofrem de enxaqueca são muito sensíveis. É importante realizar em média, 6 refeições bem balanceadas todos os dias e evitar longos períodos de jejum. Tomando esses cuidados, quem sofre de enxaqueca poderá reduzir muito suas crises.
Na literatura científica, existem poucos trabalhos que identifiquem a relação entre alimentação e enxaqueca.


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